Por Jéffrey Cássio de Toledo
Os feriados e as datas comemorativas, dificilmente, são lembrados por nós, como uma forma de dar importância a algo que aconteceu no passado. Mais comumente, estas datas são vistas apenas como uma forma de tirar um dia de folga do trabalho ou viajar. Por que não lembramos, ou tentamos entender, o motivo real de termos dias especiais no calendário? E, por que, nunca nos perguntamos de onde surgiram tais comemorações? O objetivo deste artigo é comentar um pouco sobre a origem do “Dia das mães”, mas, sobretudo, instigar a curiosidade do leitor para que busque compreender melhor a origem dos feriados e datas comemorativas.
O culto a figura das mães não é novidade. Desde a antiguidade, as comemorações envolvendo a figura materna estavam presentes nos calendários. Os gregos e romanos, por exemplo, prestavam homenagens à deusa Réia (mãe de todos os seres) e Cibele (mãe dos deuses). Em Roma, as comemorações duravam três dias. Eram realizadas festividades e havia oferenda de presentes.
Na Inglaterra do século XVII, celebrava-se o “mothering day”, uma versão do “Dia das Mães” mais parecida com a que temos atualmente. Neste “Domingo das mães”, os filhos entregavam presentes durante as missas ou, no caso dos filhos que trabalhavam em outras regiões, ganhavam o dia de folga para visitar suas mães.
Nos Estados Unidos, as comemorações começaram em 10 de maio de 1907, na Igreja de Grafton, West Virginia. Anna Jarvis, que perdeu sua mãe em 1904, promoveu uma enorme campanha para homenageá-la, criando assim um dia dedicado às mães. Em 1914, a homenagem foi oficializada pelo Congresso Estado Unidense, em lei aprovada pelo Presidente Thomas Woodrow Wilson.
Entretanto, a história de Anna Jarvis não parou por aí. Assim como hoje, os comerciantes perceberam que a comemoração do Dia das Mães poderia ser extremamente lucrativa, e viram nesta data, uma forma de lucro fácil. Anna lutou contra a atitude do comércio de desvirtuar a ideia original do evento e, inclusive, acabou sendo presa em 1923, durante uma convenção de mães por “perturbar a ordem”. Anna Jarvis faleceu em 1948, sem nunca ter casado ou tido filhos.
No Brasil, a celebração começou em 1918. Introduzida pela Associação Cristã de Moços (ACM), a data foi oficialmente criada por decreto do Presidente Getúlio Vargas, em 1932, sendo comemorada no segundo domingo de Maio.
Em vários países a comemoração do “Dia das Mães” ocorre no segundo domingo de Maio (Austrália, Bélgica, China, Estados Unidos, Dinamarca, Finlândia, Japão, Turquia, Itália, Alemanha, Estônia, Grécia, Canadá, Países Baixos, Nova Zelândia, Áustria, Peru, Suécia, Formosa e Venezuela). Porém, existem outras datas:
2º domingo de fevereiro
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Noruega
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1º domingo de maio
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África do Sul, Cabo Verde, Espanha, Hungria,
Lituânia, Moçambique, Portugal.
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2º domingo de maio
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Alemanha, Austrália, Áustria, Brasil, Canadá,
China, Colômbia, Dinamarca, Equador, Estados Unidos, Finlândia, Grécia,
Itália, Japão, Nova Zelândia, Países Baixos, Peru, Suíça, Taiwan, Turquia,
Uruguai, Venezuela, Zâmbia
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10 de maio
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México, Guatemala, Hong Kong, Malásia, Catar,
Singapura
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15 de maio
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Paraguai
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4º domingo da Quaresma
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Inglaterra
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26 de maio
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Polônia
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Último domingo de maio
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França, Haiti, República Dominicana, Suécia
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15 de agosto
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Bélgica e Costa Rica (Dia de Atención de Maria)
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19 de agoto
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Índia
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2º domingo de outubro
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Argentina
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2 semanas antes do Natal
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Iugoslávia
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8 de março
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Albânia, Rússia, Sérvia, Montenegro, Bulgária,
Romênia
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1º dia da primavera
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Líbano, Palestina, Egito, Jordânia, Síria, Iraque
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25 de março
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Eslovênia
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7 de abril
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Armênia
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1 Comentários
Mais um texto fofo!!! Valeu a pena um tempinho sem postagem ahahahha
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