Criminosos Nazistas são procurados no Brasil!

Por Vinícius Prado Alves

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, milhares de soldados que serviam aos interesses de Adolf Hitler e da manutenção do regime Nazista fugiram da Alemanha e se refugiaram em vários países ao redor do mundo. Diferente do que a justiça brasileira faz com os criminosos da Ditadura Militar, a justiça alemã não esqueceu de seus criminosos, muitos já foram presos e condenados, e a busca por torturadores nazistas continua não só em território alemão.

Com intuito de investigar a possibilidade de o Brasil ter se tornado refúgio para nazistas durante as ondas migratórias das décadas de 1940 e 1950, o Itamaraty e o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha firmaram acordo e autorizaram a investigação por parte de promotores da justiça alemã nos arquivos da Polícia Federal, do Ministério da Justiça e órgãos estaduais que, neste período, foram montados para receber imigrantes. Os promotores cruzam os dados do governo alemão com nome de possíveis fugitivos nazistas com os dados fornecidos pelos imigrantes nos órgãos brasileiros.

A investigação é comandada pelo Escritório Central para a Investigação dos Crimes do Nazismo, com sede na cidade de Ludwigsburg. Um primeiro levantamento apontou suspeita sobre 50 guardas que atuavam nos campos de concentração de Auschwitz e Birkenau, onde 1 milhão de pessoas foram assassinadas entre 1942 e 1945. Todos são acusados pelo crime de assassinato, 70 anos após o massacre. O escritório de Ludwigsburg foi criado pelo governo alemão em 1958 e já conduziu investigações contra 7.485 pessoas.

Este processo de investigação ocorre também em outros países da América do Sul, como Uruguai, Argentina e Chile porém, os promotores têm maiores expectativas com a investigação no Brasil, pois devido ao grande número de registros de imigrantes neste período, a possibilidade de encontrar possíveis criminosos nazistas é maior. Além do exposto, no Uruguai, mesmo com a abertura dos arquivos, os passaportes de imigrantes foram destruídos, dificultando a investigação. Na Argentina não houve liberação aos arquivos e, no Chile, a investigação que começou em 2003 identificou 4 nazistas mas todos já estavam mortos.

Tais investigações são importantes para o processo de construção de identidade histórica e cultural do povo alemão. Ninguém nunca vai conseguir apagar a danos que a ascensão de Hitler e do regime nazista trouxeram para a história da Alemanha e do mundo, porém, pesquisas  como essas são essenciais para que esse passado seja superado, sem que se mantenham fantasmas ou sombras sobre ele.

Saiba mais em:

http://pessoas.hsw.uol.com.br/nazistas-espalhados.htm

http://www.natgeo.com.br/br/especiais/cacadores-de-nazistas-na-america-latina

http://www.youtube.com/watch?v=5lzEzMoZtn4


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