Rochas metamórficas!

Por Alan Eduardo Wolinski

O Metamorfismo é um conjunto de processos geológicos que provocam a transformação de uma rocha sob a ação de pressão, temperatura, gases e vapor d'água e produzem, de maneira isolada ou conjunta, uma recristalização parcial ou total, formando-se novos minerais, texturas e estruturas sem ocorrer a fusão da rocha. O estudo do metamorfismo é bastante complexo, pois está relacionado a vários fatores condicionantes, como material de origem, espécie e grau de metamorfismo, etc.

Rochas metamórficas são formadas a partir do metamorfismo de outras preexistentes na crosta terrestre, chamadas de protólitos. Os protólitos podem ser rochas sedimentares, magmáticas ou até mesmo metamórficas. Os fatores principais que controlam os processos metamórficos são: natureza do protólito, pressão (litostática e dirigida), temperatura, presença de fluidos e tempo de duração dos processos.

A grande variação mineralógica, estrutura e textural resultante da combinação de diversos fatores envolvidos no metamorfismo impossibilita o estabelecimento de um critério único de classificação das rochas metamórficas. O critério de nomenclatura mais adotado combina estruturas e composição mineralógica. Assim, temos os termos fundamentais xisto, ardósia, filito, gnaisse, mármore, quartzito e anfibolito, utilizados como nomes-raiz, podendo ser complementados com informações adicionais julgadas relevantes.

Figura 1 – Xisto: Rocha metamórfica de granulação fina a muito fina, cuja orientação de minerais micáceos define uma estrutura foliada do tipo xistosidade.

Figura 2 - Gnaisse cortado por falha. Gnaisse é um nome raiz reservado para rochas metamórficas constituídas predominantemente por feldspato e quartzo, com estrutura do tipo bandamento gnáissico.

Figura 3 – Cristais de Espinélio (mineral) em mármore. O Mármore é uma rocha metamórfica constituída principalmente por carbonatos, de estrutura foliada ou maciça, cujo protólito é um calcário.

Os processos metamórficos podem ser de amplitude local ou regional e a identificação de minerais das rochas metamórficas permite reconhecer as condições físicas em que ocorreu o metamorfismo. 

Tipos de Metamorfismo


O metamorfismo pode se desenvolver em diversos ambientes da crosta, com extensões variáveis e graus de metamorfismo e profundidade diversificados.

Figura 4 - Tipos de metamorfismo (os principais serão descritos abaixo).

Desta forma, temos os seguintes tipos principais de metamorfismo, numerados de acordo com a Figura 4:

2 - METAMORFISMO REGIONAL OU DINAMOTERMAL

Metamorfismo de grande escala, desenvolve-se por extensas regiões e profundidades na crosta, característico de cinturões orogênicos e áreas de escudo como resultado de tectonismo. As transformações metamórficas se processam pela ação combinada da pressão (litostática e dirigida) e temperatura, que persistem durante centenas de milhares a alguns milhões de anos. Há forte deformação (dobramento e falhamento) dos protólitos, sofrendo recristalização ao mesmo tempo, gerando novas texturas e assembleias minerais. As principais rochas metamórficas formam-se no metamorfismo regional.

Figura 5 - Dobras em zona orogenética atual (Cadeia Alpina).

3 – METAMORFISMO DINÂMICO OU CATACLÁSTICO

São caracterizados por esforços tectônicos intensos e geralmente localizados. Desenvolve-se em faixas estreitas nas adjacências de falhas ou zonas de cisalhamento, onde pressões dirigidas de grande intensidade causam movimentação e ruptura na crosta. O metamorfismo dinâmico é responsável pelas transformações texturais e estruturais, como microbandamento ou laminações, promovendo assim a fragmentação e orientação de minerais.

4 – METAMORFISMO DE CONTATO OU TERMAL

Desenvolve-se nas rochas ao redor de intrusões magmáticas. É influenciado principalmente pela temperatura, onde ocorre o aquecimento de rochas encaixantes durante intrusão ígnea e há formação de minerais metamórficos sem orientação. As rochas resultantes do metamorfismo de contato são denominadas de hornfels.

5 – METAMORFISMO DE FUNDO OCEÂNICO

Ocorre próximo aos rifts das cadeias meso-oceânicas, onde a água fria do mar interage com a crosta recém-formada e quente, removendo ou precipitando elementos e provocando sensíveis alterações químicas. Pode ser considerado um tipo particular de metamorfismo hidrotermal, em escala muito ampla.

6 – METAMORFISMO DE SOTERRAMENTO

Ocorre em bacias sedimentares em subsidência. É devido ao soterramento de espessas sequências de rochas sedimentares e vulcânicas a profundidades onde a temperatura pode chegar a 300°C  ou mais. Prevalece a pressão litostática, equanto a pressão dirigida é ausente ou insuficiente para causar deformações significativas.

7 – METAMORFISMO DE IMPACTO

Este tipo de metamorfismo ocorre em extensões reduzidas na crosta terrestre, e desenvolve-se em locais submetidos ao impacto de grandes meteoritos, onde o aumento da temperatura e pressão causa a fragmentação das rochas, deslocando-as e formando crateras de impacto. A transformação dos minerais é instantânea (formação de minerais densos).

Figura 6 - Meteor Crater no Arizona, Estados Unidos: Impacto de um meteorito nos arenitos cretáceos gerou uma cratera com 1,2 km de diâmetro e 200 m de profundidade.

METAMORFISMO HIDROTERMAL

É resultado da percolação de fluidos quentes ao longo de fraturas e espaços intergranulares nas rochas, sendo responsável pela alteração na composição química destas.

REFERÊNCIAS

TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M. de; FAIRCHILD, T. R.; TAIOLI, F. Decifrando a Terra.  São Paulo: Oficina de Textos, 2000. 568 p.

http://www.mineropar.pr.gov.br

http://www.cprm.gov.br

www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/metamorficas/metamorficas1.html

www.igc.usp.br/replicasold/rochas/metamorfica.htm‎

www.ufrgs.br/paleodigital/Rochas_metamorficas.html‎

www.ufjf.br/nugeo/files/2009/11/Geologia-Cap6.pdf

www.ige.unicamp.br/site/aulas/202/GM_420_Rochas_metamorficas.pdf‎

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1 Comentários

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