CONTINENTES E RAÇAS – PARTE 2

Por: Marcelo Domingos Leal

Legenda: Figura 01 – Diversidade Humana
Fonte: http://mensagens.culturamix.com

DIVERSIDADE BIOLÓGICA

O conceito de diversidade biológica esteve inicialmente associado ao número de espécies que habitavam determinado espaço geográfico, sendo sinônimo de riqueza específica. Com o passar do tempo, a abundância dessas espécies no ambiente, a variação entre os organismos da mesma espécie, entre outros aspectos, foram somando-se ao conceito, alterando-o profundamente. 

Dessa forma, o conceito contemporâneo de diversidade biológica procura referir e integrar toda a variedade e variabilidade que encontramos em organismos vivos, nos seus diferentes níveis, e os ambientes nos quais estão inseridos.

DIVERSIDADE BIOLÓGICA HUMANA

Com certeza você que está lendo este texto trabalha, estuda ou convive com uma série de pessoas, e supondo isto posso lançar a você um experimento simples. Observe com cuidado as pessoas ao seu redor.

Primeiramente você observará que dentro de um plano corporal básico somos iguais, por pertencermos à mesma espécie, ou seja, temos características intrínsecas a nossa espécie como: dois membros locomotores superiores, dois inferiores apoiados verticalmente abaixo de nossa bacia, o que nos confere a prática do bipedalismo, a posição ereta de locomoção, olhos em número de dois, localizados a frente de nossa face, cérebro com aproximadamente 1.350cm3 de massa, ausência quase que total de pelos, uma pele fina, dedo polegar opositor, e dedos terminando em estruturas formadas basicamente por queratina (unhas), entre outras.
Porém, são evidentes as extraordinárias variações morfológicas entre as diferentes pessoas: sexo, idade, altura, peso, massa muscular e distribuição de gordura corporal, comprimento, cor e textura dos cabelos (ou ausência deles), cor e formato dos olhos, formatos do nariz e lábios, cor da pele etc. 

Essas variações são quantitativas, contínuas e graduais, e estão ligadas a carga gênica e às condições ambientais ao qual o indivíduo ou as que seus antepassados foram expostos. Dentro destas variações fisionômicas podemos obter informações sobre a origem geográfica ancestral das pessoas: uma pele negra pode nos levar a inferir que a pessoa tenha ancestrais africanos, olhos puxados evocam ancestralidade oriental, narizes longos e afilados juntamente a uma pele clara nos levam a uma ancestralidade europeia, etc. E aliando estas informações fisionômicas as regiões geográficas, podemos observar a existência não de raças, mas de seres humanos adaptados de formas diferentes. Entre os três tipos básicos de seres humanos, encontramos os negróides (origem africana), os caucasianos (origem europeia) e os mongoloides (origem asiática). Veja abaixo algumas características que identificam estes três tipos de seres humanos:

Negróides – Grupo formado pelas populações que permaneceram no continente africano. Suas características são: pele escura, cabelos e olhos escuros, cabelo crespo, sistema piloso do rosto e corpo pouco desenvolvido, largura da face pequena, nariz achatado e de abas largas, lábios grossos, membros inferiores longos, etc.

Caucasóides – O nome refere-se à região do Cáucaso, no sul da Rússia, onde as primeiras populações desse grupo teriam vivido. Acabaram desenvolvendo uma pele mais clara porque se espalharam pela Europa, onde a pele escura prejudicava a absorção dos raios do Sol, bem mais raros que na África. Além disso, apresentam uma maior propensão a acúmulo de tecido adiposo (combate ao frio), nariz mais longo e afilado, pelos faciais e corporais bem desenvolvidos, olhos claros e estatura mediana. 

Mongolóides – Surgiram em regiões da Ásia de baixas temperaturas. Isso explicaria características físicas como o nariz mais achatado – adaptação adequada para evitar o congelamento que atinge principalmente as extremidades do corpo. Outras características são cabelos com textura lisa, escuros e de fios espessos, rosto largo, com desenho bem marcado que muitas vezes apresenta a região das bochechas mais recuada do que a parte superior e inferior do rosto, pele com tom amarelado, pelos corporais praticamente inexistentes, estatura baixa e a característica mais marcante, os olhos com fenda palpebral menor, que tem a função de proteger os olhos e o sentido da visão das baixas temperaturas e da grande luminosidade provocada pelo reflexo do sol na neve. A população humana que se espalhou pelo continente americano seria um subgrupo dos mongoloides.


REFERÊNCIAS

Kaufman, J. S., "How Inconsistencies in Racial Classification Demystify The Race Construct in Public Health Statistics". Em: Epidemiology, 10:108-11, 1999.

]Gates, H. L., "The Science of Racism". Acesso em: 2014. Disponível em: 
www.theroot.com/id/46680/output/print

Revista Espaço Acadêmico. Acesso em: 2014. Disponível em:
 http://www.espacoacademico.com.br/060/60carvalho.htm

Canal do Estudante – Centro de Estudos – “Raça” Negróide.
Acesso em: 2014. Disponível em: 

http://www.canaldoestudante.com.br/templates/estudante/publicacao/publicacao.asp?cod_Canal=9&cod_Publicacao=1334&cod_grupo=9

UFRGS – Diversidade Biológica. Acesso em: 2014. Disponível em: 
http://www.ufrgs.br/patrimoniogenetico/conceitos-e-definicoes/diversidade-Biologica

Diversidade Biológica. Acesso em: 2014. Disponível em: 
http://www.ghente.org/ciencia/diversidade/div_biologica.htm

UOL Ciências – Raças humanas não existem como entidades biológicas, diz geneticista. Acesso em: 2014. Disponível em: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/02/05/racas-humanas-nao-existem-como-entidades-biologicas-diz-geneticista.htm

Revista Espaço Acadêmico – Sobre Raças Humanas. Acesso em: 2014. Disponível em: 
http://www.espacoacademico.com.br/060/60carvalho.htm

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