UM OLHAR POR DE TRÁS DAS LENTES

Por: Elisiane C. O. Albrecht


Será que é possível acender uma fogueira utilizado uma lupa e a luz do Sol?  A resposta é sim, já que a lupa é uma lente de faces convexas, produzindo então um desvio dos raios de luz provenientes do Sol, convergindo-os para um ponto, o qual é denominado foco da lente. Assim, se depositarmos pedaços de madeira neste ponto, a intensidade de luz e calor concentrados no foco da lente será suficiente para acender nossa fogueira. Porém as lentes não possuem apenas esta função e é isto que tentaremos demonstrar neste texto.

Figura 1: Queimando papel com uma lupa. Fonte: WiKiHow.


As propriedades das lentes já eram conhecidas desde a antiguidade, a partir de então muitos buscaram explicar conceitos que envolvesse a luz e instrumentos ópticos. Muitas pessoas lembram de Leonardo da Vinci por usas obras de Arte, mas a pintura e os desenhos não foram os únicos legados deixados por Da Vinci. Ele também fez experimentos que envolviam a visão e câmaras escuras, as quais permitiam ampliar, inverter e até mesmo fixar imagens. Acredita-se que as lentes foram inventadas entre os séculos XII e XIII, porém, foi apenas no século XVII, mais precisamente em 1608, que se teve a utilização de lentes na construção de telescópios refratores, também conhecidos como lunetas. Galileu Galilei ficou bastante famoso por ter apontado um destes objetos para o céu e ter conseguido ver algumas luas de Júpiter e as fases de Vênus, dando uma grande contribuição para astronomia.

Falamos anteriormente em lentes convergentes, porém estas não são as únicas, há também lentes divergentes. Estas propriedades são intrínsecas ao formato das mesmas. Para uma melhor compreensão precisamos primeiramente definir o que são lentes. Estes objetos  geralmente são feitas de um corpo homogêneo transparente, podendo ter as duas ou apenas uma superfície curva. Podemos classificar estes objetos como lentes esféricas, cilíndricas ou parabólicas.

Freqüentemente em lentes esféricas as duas superfícies têm raios diferentes e sua espessura é desprezível em relação aos raios de curvatura. Estas também podem possuir bordas finas ou espessas. Sua nomenclatura segue a convenção de se dar primeiro o nome da face de maior raio e depois a de menor raio. As lentes esféricas também são conhecidas como convexas ou côncavas, e podem ser divididas em côncava- convexa, plano-convexa, biconvexa, convexo-côncava, plano-côncava e bicôncava.
    
Figura 2: Lentes Esféricas. Fonte: Site UNESP
  
Figura 3: Lentes convergentes e divergentes. Fonte: Site Optigal.

 
O comportamento óptico das lentes vai depender das superfícies das mesmas, do meio onde estas se encontram e a forma que são dispostas ao observador. A figura a baixo pode nos dar uma melhor compreensão de como isto funciona, onde o índice de refração do meio é n1 e n2 é o da lente.


     
n1 < n2                                         n 1 > n 2
Figura 4: Comportamento Óptico das Lentes. Fonte: Site Alunos Online.


É claro que os conceitos que envolvem a física das lentes é mais complexo do que foi demonstrado na figura acima, mas fica a dica de algumas leituras nas referencias. Vale também ressaltar a importância do uso destas no nosso cotidiano, que vai desde de nossa visão, da correção de algumas anomalias visuais, instrumentos ópticos tais como lupas, telescópios, microscópios, maquinas de fotografias e outros.

REFERÊNCIAS:


YAMAMOTO, Kazuhito. FUKE, Luiz Felipe. Física para o Ensino Médio. Volume 2, 1° Edição, São Paulo, Editora Saraiva, 2010.

CARRON, Wilson. GUIMARÃES, Osvaldo. As Faces da Física. 2° Edição, São Paulo, Editora Moderna, 2002.

GREF- Grupo de Reelaboração do Ensino de Física  . Física 2.  5° Edição, São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 2005.

 Site : 
COURROL, Lilia Coronato. PRETO,  André de Oliveira. Apostila teórica Óptica técnica I Disponível em < http://www.fatecsp.br/paginas/apostila_teorica.pdf > Acesso em: 2007

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