Por: Lawrence Mayer
Malanski
Fonte: www.sealandgov.org
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A Europa é um
continente relativamente pequeno se comparado às áreas de outros continentes e
que possui um grande número de países. Se somássemos as áreas de todos os
territórios europeus, com exceção da Rússia, o valor seria próximo ao do
território brasileiro. Como comparação, alguns países europeus se aproximam em
área de alguns estados brasileiros: a França, com 543.965 km² é um pouco menor
que o Estado do Bahia, enquanto a Dinamarca com 43.094km² é um pouco menor do
que o Estado do Rio de Janeiro.
No entanto, alguns
países europeus são ainda menores. San Marino, um enclave no território
italiano, tem apenas 61 km² de área e é um pouco maior do que o bairro Cidade
Industrial, o maior da cidade de Curitiba. A Cidade do Vaticano, com apenas
0,44 km², é exatamente a metade do bairro Alto da Glória, o menor de Curitiba. Além deles, há ainda na Europa Malta (316 km²),
Liechtenstein (160 km²), Andorra (468 km²) e o Principado de Mônaco (2 km²)
O caso mais extremo
de micro países é o de Sealand, uma antiga fortificação militar naval
abandonada no Canal da Mancha, entre a ilha da Grã-Bretanha e o continente Europeu
com incríveis 0,055 km². Desde 1967, quando Sealand foi ocupada por Paddy Roy
Bates (1921-2012), ex-major britânico que se proclamou príncipe de Sealand,
tenta-se tornar a fortificação um país. Por lá existe dinheiro próprio (o Dólar
de Sealand), selos, hino nacional, bandeira, constituição, passaporte, príncipe
e até seleção de futebol (já que um estádio ou mesmo um gramado não cabem no
“país”, a seleção sealandesa é obrigada a jogar em outros lugares).
Figura 01: Localização de Sealand. Fonte: www.sealandgov.org
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Figura 02: Seleção de futebol de Sealand. Sua primeira vitória foi contra a seleção da ilha Alderney por 2 a 1. O governo de Sealand usa o futebol como forma de divulgar e conseguir apoio para o ser reconhecido como um país.Fonte: http://sealandfootball.dk. |
Contudo, Sealand
não é reconhecido oficialmente como um país pela Organização das Nações Unidas e
por nenhuma outra nação. Historicamente, a fortificação pertence ao Reino
Unido, mas está localizada fora dos seus domínios territoriais. O governo de
Londres já tentou expulsar a família Bates de Sealand, mas não obteve êxito
devido a este fator. Também, a plataforma está fora dos domínios territoriais
da França, o que faz de sua localização uma “terra de ninguém”.
A população oficial
de Sealand é de 27 pessoas, mas nem todas moram lá. As pessoas que moram ou
passam uma temporada se alojam em barracões de aço e só podem chegar à região
de barco ou helicóptero.
Figura 03: Todo o território de Sealand e, ao centro, o atual príncipe Michael Bates.
Fonte: www.sealandgov.org.
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Em 2006 houve um
grande incêndio na fortificação que destruiu boa parte do que existia no local.
Em 2007, o príncipe de Sealand colocou o “país” a venda por um preço de 1
milhão de Libras. Os criadores do website The Pirate Bay demonstraram interesse
em comprá-lo para instalar seus servidores e conseguir um pouco de
tranquilidade longe de ações judiciais. No entanto, Sealand não foi vendida.
Recentemente, outra tentativa de criação de
um micro país foi divulgada. Na África, entre o Sudão e o Egito, o americano Jeremiah Heaton descobriu uma
região com cerca de 2.000 km² que não pertence a nenhum destes países e decidiu
reivindicá-la para que sua filha, de sete anos, seja a princesa, como num conto
de fadas. Jeremiah espera
obter o aval do Sudão e do Egito, para reconhecer seu reino. Ele acredita que
seu pedido será atendido, uma vez que as intenções da princesa Emily são as
mais humanitárias possíveis. Segundo ele, a filha está preocupada com a
situação das crianças e da fome na região.
Para saber mais:
Site do Governo de Sealand: http://www.sealandgov.org
Referências:
BBC. Homem
“toma posse” de território para “fazer da filha uma princesa”.
Disponível em:
Acesso em: 30 jul.
2014.
SEALAND. The history.
Disponível em: <http://www.sealandgov.org>.
Acesso em 30 jul. 2014.
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