POLUIÇÃO DO AR, TOXICOLOGIA E SAÚDE AMBIENTAL

Por: Anelissa Carinne Dos Santos Silva


 Figura 01 – Poluição do Ar.  Fonte: Portal de Paulínia




TOXICOLOGIA

Após penetrar nas células, uma substância tóxica se distribui com o sangue, sendo absorvido pelo organismo. Nos animais, tal fato se dá, por exemplo, pelos pulmões, trato digestivo e pele. Após fixadas, as substâncias agem, alterando o processo metabólico conforme a concentração varia o resultado e o tempo para o efeito provocado. Este é o caso dos medicamentos, em que doses elevadas podem trazer consequências indesejadas.
Figura 02 –  Etapas da Poluição. Fonte: Eco Guia





POEIRA



A poeira (partículas sólidas de 100 a 1000 ângstrons) pode ter origem metálica e não metálica.


NÃO METÁLICAS

De diversas origens, como queima de carvão, siderúrgicas, indústrias de cimento e indústrias químicas, escapamento de veículos automotores, queima de vegetação e nuvens de poeira originadas em locais com desertificação.
Em torno de uma indústria de calcário tem-se a deposição diária de 3,17 g/m² de pó de calcário.
“No gado, pastagens contaminadas com partículas de calcário provocam alterações do pH no trato digestivo, traduzindo-se por falta de apetite” (FELLENBERG, 1980, pág. 34).
O vento pode levar a poeira das diversas fontes de poluição a altitudes de 4 a 8 km e se alastra por todo o planeta, podendo inclusive influenciar o clima e provocar doenças respiratórias crônicas. No caso da inalação de partículas de amianto, a pessoa pode apresentar asbestose e alguns tipos de cânceres, como o de pulmão e de trato gastrointestinal. Desodorizador de ambientes (para o banheiro, por exemplo) geralmente contém substâncias químicas que podem provocar câncer e doenças ligadas ao fígado.

METÁLICAS
A poeira mais conhecida deste tipo é de chumbo e a intoxicação por este metal remonta ao antigo Império Romano. Frutas, hortaliças e animais podem ser contaminados. Lavar hortaliças com detergente ajuda a remover possíveis traços de chumbo de sua superfície.
Intoxicação por este material pode afetar o sistema nervoso central, além de provocar anemia e facilitar a ocorrência de infecções.


NÚMEROS PREOCUPANTES

Apesar de certos países possuírem índices de emissão de partículas dentro dos limites estipulados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o risco de morte mantém-se bastante elevado devido a doenças respiratórias e cardiovasculares. Aproximadamente 1,3 milhão de mortes por ano são ocasionadas devido à poluição urbana. As regiões mais críticas são África, Ásia, Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia (SALDIVA, 2014, pág. 16).
O médico Paulo Saldiva (2012) complementa: “Aproximadamente 12% das internações respiratórias em São Paulo são atribuíveis à poluição do ar. Um em cada dez infartos do miocárdio são o produto da associação entre tráfego e poluição”.


PARA SABER MAIS:

Companhia Ambiental do Estado de São Paulo: http://www.cetesb.sp.gov.br/ar/Informa??es-B?sicas/21-Poluentes
Entrevista ao Prof. Dr. Paulo Saldiva: http://www.youtube.com/watch?v=44cOjdUknZM

REFERÊNCIAS


ABREA. Amianto ou Asbesto.  Disponível em: <http://www.abrea.com.br/02amianto.htm>. Acesso em: Mai 2014.

FELLENBERG, G. Introdução aos Problemas da Poluição Ambiental. SP: EPU, 1980.

MEC, MMA. Consumo Sustentável: Manual de educação. Brasília: Consumers International/ MMA/ MEC/IDEC, 2005.

SALDIVA, P. Poluição Mata Mais que o Imaginado. in Revista Saúde é Vital. Editora Abril, Maio 2014. ed. 377, pág. 16.

SALDIVA, P. Pobres são os mais atingidos pela poluição urbana, diz médico da USP. in Carta Maior. Disponível em:
<http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Pobres-sao-os-mais-atingidos-pela-poluicao-urbana-diz-medico-da-USP/4/25595>. Acesso em: Jun 2014.


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