SELEÇÃO NATURAL: UMA VISÃO REVOLUCIONÁRIA DA VIDA

Figura 1: Representação metafórica do processo de seleção natural.

Um filósofo de grande influência em sua época, Aristóteles (384-322 a.C) levou em consideração que as espécies eram unidades fixas por meio de suas próprias observações da natureza, determinando que as espécies seriam incapazes de sofrerem alterações. Ele reconheceu uma certa afinidade entre as espécies existentes, e que estas poderiam ser organizadas em uma escada com aumento de complexidade, onde cada ser vivo teria o seu lugar.

Tais ideias tinham uma semelhança muito grande com o criacionismo, mencionado no Velho Testamento, onde as espécies teriam sido individualmente desenhadas por Deus. Muitos cientistas no período do século XVIII interpretaram a adaptação entre organismos e ambiente como sendo uma evidência de que Deus teria desenhado cada espécie com uma finalidade. Carolus Linnaeus (1707- 1778), físico e botânico foi um do que procurou classificar essa diversidade da vida, baseado nestes pressupostos, ou seja, não relacionando a semelhança entre as espécies por um parentesco evolutivo mas sim, através de um padrão de criação.

Um século mais tarde, o naturalista inglês Charles Darwin (1809 – 1882) criou argumentos para que a classificação fosse baseada em relações evolutivas. Varias foram as fontes de informação que Darwin utilizou mas, em particular, os registros fósseis tiveram fundamental importância na estruturação de suas ideias.

Em contraste ao pensamento de Cuvier, outros cientistas como James Hutton (1726-1797) e Charles Lyell (1797-1875) sugeriram que profundas mudanças seriam sim possíveis de ocorrer, por conta de um efeito lento e cumulativo. Essas ideias tiveram importante influência nos pensamentos de Darwin, levando em consideração esses efeitos Darwin concordou que as mudanças geológicas são lentas, portanto ele chegou a conclusão de que o planeta seria muito mais velho do que se acreditava na época – apenas alguns milhares de anos. Um tempo depois, Darwin sugeriu que processos lentos e sutis poderiam produzir também, mudanças biológicas. Devemos lembrar que Darwin não foi o primeiro a citar mudança gradual ligada a evolução biológica.

Figura 2: Jean-Baptiste, cavaleiro de Lamarck.
Fonte: Portal do professor - MEC.
No decorrer do século XVIII, naturalistas sugeriam que existia uma evolução da vida diretamente ligada a mudança de ambientes. Somente um propôs um mecanismo para tentar explicar a mudança da vida ao longo do tempo: o biólogo Jean-Baptiste, cavaleiro de Lamarck (1744-1829). Portanto, devemos lembrar de Lamarck por sua visão pioneira, onde mudanças evolutivas explicariam a adaptação dos organismos aos ambientes e as semelhanças fósseis, e não pelo mecanismo incorreto proposto por ele.


A PESQUISA DE CHARLES DARWIN

Charles Darwin (1809-1882) nascido em Shrewsbury na Inglaterra, apresentou, desde menino, interesse por assuntos ambientais. O pai de Darwin o orientou a fazer medicina mas não se adaptou, abandonando-o e ingressando na Universidade de Crambridge com a intenção de ser um clérigo.

Após sua formação, Darwin partiu para uma viagem ao redor do mundo  no navio do jovem capitão Robert FitzRoy.

Figura 3: Roteiro da viagem feita por Darwin ao redor do mundo. Fonte: Wikimedia.
Por Rafael Vitorino de Oliveira

REFERÊNCIAS

http://www.ib.usp.br/evosite/evo101/IIIENaturalSelection.shtml

Postar um comentário

0 Comentários